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18-02-2004

Universidade de Aveiro quer intervenção na Mata


Buçaco

A Universidade de Aveiro vai propor uma intervenção global na Mata Nacional do Buçaco para recuperar o património construído e preservar as espécies botânicas com o objectivo de apresentar uma eventual candidatura a património mundial.
Após a visita do Presidente da República à Mealhada, o processo para definir o futuro da Mata Nacional do Buçaco conheceu novos desenvolvimentos e várias entidades vão reunir no dia 23, na Universidade de Aveiro, para ultimar os detalhes da intervenção.
Jorge Sampaio havia alertado que "não se pode deixar que aconteça alguma coisa para depois ouvir cada um dizer que não tem responsabilidades", referindo-se à degradação daquela Mata Nacional.
Carlos Cabral, presidente da Câmara da Mealhada, que se havia insurgido por serem aplicadas menos verbas na conservação da Mata do que as arrecadadas com as entradas e a concessão do hotel, considera que os alertas da autarquia estão a dar resultado e que começa, finalmente, a vislumbrar-se uma "luz ao fundo do túnel" no que respeita à recuperação.
De acordo com Amadeu Soares, catedrático do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA) que tem estado a desenvolver o estudo, parte das medidas que o projecto contém são elegíveis para uma candidatura ao Programa Operacional do Ambiente, aproveitando as verbas do III Quadro Comunitário de Apoio, mas para outras há que encontrar financiamentos, já que o que se pretende é uma intervenção global.
A um prazo mais longo será possível uma candidatura da mata do Buçaco a património mundial, atendendo ao conjunto e ao facto de tanto a parte construída como a botânica serem resultado da intervenção humana.
Amadeu Soares disse à Lusa que uma das questões a definir é a entidade que vai gerir a Mata, não estando nos horizontes da Universidade assumir esse encargo, porque não é a sua vocação, embora possa participar.
Já quanto ao que há a fazer naquele espaço, a Universidade espera dar o seu contributo, nomeadamente procedendo ao levantamento da flora e da fauna existente, elaborando um plano de ordenamento e propondo soluções para aproveitar o conjunto edificado existente.
"Da parte da UA propomo-nos fazer o levantamento da flora e da fauna e fazer edições sobre ambos os aspectos, elaborar um plano de ordenamento, construir um centro interpretativo de educação ambiental e promover a recuperação das casas florestais", disse à Lusa.
É nesse contexto que o programa a apresentar dia 23 propõe a recuperação das casas florestais e a transformação de um desses edifícios num centro interpretativo para o ensino de biologia.
Profundas alterações são também propostas para a circulação no interior da Mata, com o encerramento de algumas entradas e colocação de meios de vigilância e, a mais controversa, a interdição absoluta de tráfego automóvel no interior.
Amadeu Soares elogia a coragem de se ter passado a cobrar portagem aos carros dentro da Mata, o que reduziu o turismo "de farnel" aos domingos, mas quer mais: defende a interdição completa da circulação automóvel no interior.
"A Mata Nacional do Buçaco tem conjuntos botânicos únicos como o vale dos fetos e continua a ter circulação automóvel. Até uma carreira de autocarro lá passa", refere o cientista, salientando os efeitos nocivos da libertação de gases de escape.
Quanto à articulação entre as preocupações científicas e as necessidades do hotel que existe no meio da Mata, Amadeu Soares considera que não há qualquer incompatibilidade.
"O Hotel ficará também mais bem servido se a mata estiver bem cuidada, o que pode trazer mais valias, nomeadamente por poder atrair turismo científico", sublinha.
Os responsáveis pela unidade hoteleira de cinco estrelas vão também participar na reunião do dia 23, destinada a apresentar a versão final do programa, e em que deverão estar também elementos da Direcção dos Monumentos Nacionais, da Câmara da Mealhada e da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral.



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